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Mostrando postagens de dezembro, 2010

A MIRAGEM

A MIRAGEM                                                                                                                                                    Eu tinha cerca  de 12 anos. Na roça, onde morava, as moças  que eu via eram poucas, e somente quando ia à feira de Capela,  arraial à uma légua de nossa casa.              Eu me enfeitava todo no dia de sábado, dia de feira em Capela do Alto Alegre. Meu chapéu novo de couro, uma casaca e as alpercatas de cromo. Jogava um pouco de cheiro no corpo, roubado da mamãe. Olhos dançando, no caminho. Buscam Mariá, vindo do Tabuleiro. Ou do Bispador. Ouvia a cantiga de roda das noites de lua cheia. A rosa vermelha é meu bem-querer, a rosa vermelha e branca eu hei de amar até morrer. Veria o passo alegre de Quesinha? A Mente voava pr´Aroeira, onde nasci e via Helena caminhando pra escola.             Um sábado, após haver ajudado a descarregar os burros, fui amarrar os animais e pedi a meu pai para dar uma volta. D