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Mostrando postagens de 2011

VIAGEM DENTRO DE MIM

 Relaxa cara eu não vou te matar teria dito eu, ao gordinho que me pediu para não matá-lo. Ele se cagou todo quando botei a arma em cima dele. É nenhuma, meu rei. Você não é o meu. Queria apenas fazer medo, mostrar que vocês todos são uns cagões. Todo mundo pedindo arrego, mas na hora de pegar no meu pé, todo mundo era o porreta. Juro que não queria isto. Nunca pensei nisto, quando a gente vê, já fez. Eu estou aqui, nesta pedra gelada. Cadê  alguém para me buscar? Nem parente, nem derente.  Vergonha? Quando deviam ter, não tiveram. Agora todo mundo é bonzinho, só eu sou monstro. Pensam que não sofri por isto? Ninguém é melhor que ninguém. Só não se tem as mesmas chances. Não reclamava de nada. Iria adiantar? Reclamar, com o jeitinho, senão será pior. Agora inventam coisas. Em minha boca, palavras que nunca disse. Vasculham minha casa, como se fosse um cão danado. Quando só, ninguém me visitava. Minhas memórias, queimaram-nas, pior que a morte. Esconjurado estou, famoso, nã

Em Busca de Um Tema ou Um Tema à Procura de Um Autor.

Não se sabe ou não me lembro bem como tudo começou. Lembro-me agora de estar numa ampla sala de um tribunal com alguns juízes ou desembargadores que se reuniriam para julgar um processo. Era um caso rumoroso, do qual a cidade toda falava. Juro que não me recordo qual a questão, mas prometo que se me lembrar, antes de terminar este relato, eu o direi, pois, embora não seja fominha de realismo, como pretendem os jovens escritores, há certas curiosidades que o leitor gostaria de saber e não se pode escrever sem se satisfazer um mínimo ao leitor, sob pena de ser jogado no lixo, na pubele, como dizem os franceses, (eles escrevem poubele), antes mesmo de se vencer o primeiro capítulo. Mas, o certo é que o tribunal se instalava em uma ala de um prédio adonde funcionava também um clube chique, de elite. O desembargador sorteado para relatar o processo fazia parte da oposição e se esperava que se julgasse a contenda contra os interesses do governo, pois muitos já estavam propensos a

COMPLEXO DE BASTARDIA

             Quando comecei a me entender por gente, uma coisa que me intrigava era o fato de não conhecer todos meus parentes, principalmente meus ascendentes.            No Brasil, salvo algumas famílias privilegiadas, o máximo que se conhece são os bisavós.            Quando comecei a ouvir falar de Freud, Jung, Lacan e outros estudiosos da alma humana, me passou pela cabeça estudar um dia a população brasileira do ponto de vista psico-social.            Não foi o que aconteceu, porque meus estudos tomaram outro rumo, mas a idéia nunca me saiu da cabeça e alguma coisa tenho escrito e anotado sobre o que chamo de complexo de bastardia.            Entendo por complexo de bastardia um conjunto de pensamentos, idéias, atitudes e comportamentos do povo brasileiro que parece único na cultura dos povos e que parecem derivar do fato do brasileiro não conhecer suas origens.           O povo europeu quando chegou

CAETANO CHAMA BLOGUEIROS DE IDIOTA.

Simplório nos dicionários de Caldas Aulete, Houaiss,  Michaelis e Aurélio significa tolo, idiota. Caetano disse: “A multiplicidade orgânica do ciberespaço anárquico ganhará um aspecto cultural blogsférico hyperlinkado com gigabytes, ou melhor, terabytes, da variedade não simplória ” Você não concorda que a maioria dos blogueiros sejam idiotas, concorda? Mas, o que quis, mesmo, dizer o verborrágico Caetano?

MARIA BETÂNIA, CAETANO E IMORALIDADE ADMINISTRATIVA

Com certeza somente a Betania é capaz de produzir no Brasil um blogue no qual “A multiplicidade orgânica do ciberespaço anárquico ganhará um aspecto cultural blogsférico hyperlinkado com gigabytes, ou melhor, terabytes, da variedade não simplória”. Esta prosopopeia é muito conhecida, desde Gongora. O que isto significa mesmo é uma grande imoralidade administrativa. Que todos os blogueiros se unam para derrubar esta imoralidade, contrária ao Estado Democrático de Direito. Cabe ação popular, assim como ação civil publica. Estamos fartos de democracia formal, no papel, de mentirinha. Democracia é participação. 

João Gilberto

OXIGENIO

Ele apareceu repentinamente, com uma lupa na mão,  encostando-a em seu rosto e  saiu arrastando-o, como a um hipnotizado, um sonânbulo. Ela deu tudo que tinha. Passou para seus filhos todos seus bens. Nem seu salário é seu. Deu-o à neta. Fê-la sua dependente para herdar quando morrer.  Hoje amarga a desilusão de se ver abandonada pelos filhos que a querem morta. Ela vale mais morta do que viva. Nuvens negras se aproximam dela e ninguém pode prever o que vai acontecer. A canção não é de ninar. Aves rapaces ao redor.Très loin sonne la cloche. Quoi faire? So gut wie nichts. Quanto vale uma alma penada? Pergunte-se aos vendedores de indulgências. Pergunte-se ao vendedores de céu. Pergunte-se aos vendedores de felicidade. Ele emprestou 120 dolares a seu amigo e nunca o viu. Que empresta, adeus. Ele fez un aliansa ku tin komo meta levantar fundos para a revolução. Mas, como se viu, a revolução era ele mesmo. O povo? que se exploda. O que se viu foi muito tiramentu ku heridos. Hòmber que faze