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EU SUNT STEPHEN PADDOCK

                                                                                                                                                Sim. Sou Stephen Paddock. Que mal fiz eu, perto das atrocidades do mundo? Milhões choram menos de uma centena de mortos e alguns feridos, esquecidos dos milhões mortos pelas guerras, que nada mais são do que terrorismo de Estado. Não, não é para justificar meus atos, nem quero que me perdoem. Apenas, vejam. Não sou melhor nem pior de quem, hoje, me apedreja. Saibam. Nunca  eles vão te contar a verdade. Mentem dizendo que me matei. Eles dizem isto com todos. Matam para silenciar as razões de nosso ato. Querem manter a imagem de um país uno, sem divergência. Anos ouvindo. Somos a maior nação e nossa forma de vida, a melhor. E em nome disso, mandam-nos à guerra matar irmãos. Quantos morrem, diariamente,  no mundo por nossas mãos? Um dia recebi um chamado. Uma voz nunca antes ouvista. E me preparei para servir à aquela causa. Inchal
                                                                                                                                                                        As pernas dela estavam abertas, estiradas. Seus cabelos espalhados sobre o lençol. As dele dobradas, encolhidas, quase um feto. O que se passara ali? Ninguém saberá. Céus, testemunhas mudas, nada revelam. Passado, presente, futuro, escritos em língua indecifrável. Nus. Não me atrevi a olhar a nudez da morte de jovens inda virgens nos mistérios da vida. Que bela, disse, pudicamente. Flor desfeita, amar amargo. Tanta carne exposta, açougues vazios. As vitrines de Amesterdã estão, hoje, em toda parte, pessoas vendidas sob nossos olhos. Fingimos não ver. Dois corpos quase castos. Ali, na cama fria do hotel.  Buscavam o amor. Que luz divina cortou-lhes o sopro?  Oh, Céus, implacáveis! Que fim macabro escrevestes nestes livros? Por quê, oh céus, permitis o murchar da flor, sem que venha o fruto? Tu decides,
Horus vinha não se sabe donde, passava por um restaurante universitário. Não era o restaurante da Faculdade da Rua D`Assas, mais se assemelhava ao velho Restaurante Universítário do Corredor da Vitória, nos idos de 1964, quando fizera vestibular e frequentava vez por outra aquele comedouro, povoado de figuras folckloricas, como Wilson o eterno estudante que já passara por diversos cursos, sem se fixar nenhum ou como Graciliano,  poeta nascido em  Ubaitaba que, depois do almoço, subia na mesa e recitava seus versos. Neste momento sobrava comida  e se viam bandejas cheias, frutas e nosso conhecido romeu e julieta. Como Graciliano, subiu numa mesa e passou a andar por cima delas e embora tivesse vontade de pegar uma daquelas guloseimas, se conteve, com medo da repreensão do bedel. Havia uma mesa, com sucos gelados, enrolados em saquinhos plásticos, como um sorvete  congelado. Pegou um e começou a morder o plástico, quando viu vindo um homem neg