Pular para o conteúdo principal

EU SUNT STEPHEN PADDOCK

                               










                                                       
                                                       Sim. Sou Stephen Paddock. Que mal fiz eu, perto das atrocidades do mundo? Milhões choram menos de uma centena de mortos e alguns feridos, esquecidos dos milhões mortos pelas guerras, que nada mais são do que terrorismo de Estado. Não, não é para justificar meus atos, nem quero que me perdoem. Apenas, vejam. Não sou melhor nem pior de quem, hoje, me apedreja. Saibam. Nunca  eles vão te contar a verdade. Mentem dizendo que me matei. Eles dizem isto com todos. Matam para silenciar as razões de nosso ato. Querem manter a imagem de um país uno, sem divergência. Anos ouvindo. Somos a maior nação e nossa forma de vida, a melhor. E em nome disso, mandam-nos à guerra matar irmãos. Quantos morrem, diariamente,  no mundo por nossas mãos? Um dia recebi um chamado. Uma voz nunca antes ouvista. E me preparei para servir à aquela causa. Inchalá. Deste local privilegiado eu vejo toda a orgia que se perpetra lá embaixo. Ah humanidade podre, enquanto isto, milhões de irmãos morrem de fome, sede e frio. Nesta hora ninguém se lembra de Deus, mas daqui a pouco todos gritarão seu nome. Canto e risos serão gritos e gemidos. Ouvirá o Senhor, Deus é Grande, seus gritos? Logo, logo o FBI dirá: Um ataque isolado, de um louco, nada a ver com Estado Islâmico. Até apelido. E como eles explicam tantas armas, tanto equipamento? Lobo solitário, só rindo. Será o povo imbecil para acreditar neles? Breve, o mundo falará de mim, mesmo repetindo as mentiras oficiais, falarão. Outros irão mais longe. Indagarão, refletirão. Adeus vidinha medíocre de jogatinas e mesmice. Chorem, medíocres, mas agradeçam. Alguém os está levando à reflexão.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

EU ME CHAMO CELSO

                                                          Oh, possam minhas palavras atingir a todos, a todos deste orbe. Ih, nem queria dizer esta palavra, os cristão se apropriaram dela. Um simbolo egípcio. Dita, digamos que a verdadeira  palavra atinja a todos, homens de cores, línguas e costumes diversos. Possa a verdade prevalecer sobre a mentira que vocês vêm divulgando. Pois eu digo, afirmo e repito. O Deus que vocês chamam de Jesus, o Cristo, nada mais é que um pobre  filho de uma puta igualmente pobre. Tanta mentira pregam que tenho medo que um dia isto se torne uma verdade universal e vocês passem a perseguir a quem não acredita nesta mentira, como já  vêm fazendo, com esta campanha de ódio aos não adeptos de sua seita. Porquê todos sabem que Jesus é filho de um soldado romano, com Maria e o pobre José nada mais que um corno consolado. Também fazer o que? Dizem que ele ficou brocha. Jesus Não tem culpa de ter nascido de uma foda furtada pelo soldado romano, tamp

NOITE EM PARIS

Fazia um friozinho e chuviscava. Ele parara em frente ao Eléphant Blanc . Esperar. Logo estiará. Eram, talvez, duas horas, ou menos. Outras pessoas, também, ali. Esperavam, silenciosas, a chuva passar. Um homem baixo,  careca luzidia,  roupas modestas, parou em sua frente e de costas, coçando seus perigalhos, comentou sobre o tempo. Eterno tema das conversas dos que nada têm a dizer. Tempo, Tempo. Eró, Eró. Tempo, Tempo.  Não me comas, não me devores, meu pai. Eu quero viver. “ Oh quero viver, beber perfumes na flor silvestre que embalsama os ares ”.  Eternidade, te quero.  Mecânico, respondera-lhe.  Convicto, papo assim,  não inicia amizades,  e, só isto  lhe interessava, difícil fazer amigos na França,  mais ainda,  conservá-los. Como ser amigo de um clochard ? De quem não tem  morada, não saber onde procurá-la nos momentos difíceis? Não. Não era um mendicante. Flanava, apenas, flanava. E se fosse, iria precisar de um cloche ? Si . No . Não lhe interessavam poranduba

PENTESILEIA KLEIST

https://www.pucsp.br/nucleodesubjetividade/Textos/pentesileia_kleist.pdf https://www.pucsp.br/nucleodesubjetividade/Textos/pentesileia_kleist.pdf Tradução e adaptação Jean Robert Weisshaupt e Roberto Machado. Readaptação Deus Carmo.  ATO I PRÓLOGO CENA I - Ulisses e Antiloco entram  com seus séquitos, cada um por um lado. Em seguida entra Diomedes e depois Aquiles com os mirmidões.  Antiloco    -  Salve Rei! Como está indo depois que nos separamos em Tróia? Ulisses   - Muito mal, Antíloco, Observe a planície. Como lobas raivosas, as amazonas se lançam sobre os gregos sem que se saiba por quê. Se os deuses não estancarem esta carnificina elas vão se despedaçar, sem arredar pé, os dentes de uma cravados na garganta da outra. Antíloco - Mas o que querem elas? Ulisses - Eu, aconselhado por Agamenon, e Aquiles, filho de Peleu, partimos com a tropa dos mirmidões. Corria o boato que Pentesileia tinha saído das florestas da Cítia com suas guerreiras amazonas protegidas com peles de serpentes,